Ando devagar à espera
De haver algo porque correr.
Percorro rotas entre os altos calabouços empilhados de gentes.
São grandes e altos.
Não lhes vejo o topo
Apesar de ser quase tão alto como eles.
Ando, apático. Passeio-me.
Trago o olhar distante.
Tão exageradamente distante
Que o perco.
Já o tive mais vivo
E oh! se tinha!
Mas já nem culpo ninguém,
A melancolia é minha.
Tenho alguém atrás de mim.
Por favor, segui-me - penso.
E que espanto quando olho para trás
E rio-me
E não tenho resposta
E o caminho torna-se mais denso.
Continuo a andar com a morte defronte,
Que mórbida e provocante,
Espreita no horizonte:
-Estou à tua espera - segreda-me.
Não ouço
E dobro a esquina.
E ela perdeu-se.
E o cataclismo deu-se.
E já nada tenho a seguir-me.
Olho para mim, a rir-me.
Não da graça
Nem da desgraça.
Deixai-me apenas rir enquanto não sei nada.
(àquela que me seguia,
que não seguia melhor que eu.)
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