Não existe boa maneira para começar.


A minha história não existe se for narrada.
Sou o perfeito erro humano em eflorescência
O meu querido bem, a loucura, em evidência,
a minha Arca da Vida, sempre amarrada
À culpa de ser culpado, oh, clemência!

Tende pena de mim, pois sou o único que não tenho
Que já me cansam as mesmas vozes, Asta!
Que para tantos bois amarrados, ja me basta
Os gritos da sociedade de onde venho
Que pedem ajuda (sem saber) à própria burrice vasta.

Sabendo então que a minha vida é o que ainda não fiz
Deixem-me ser o barco que se afasta das rotas
E que só volta nas hipoteses mais remotas
Estou a morrer e sou feliz
Porque ainda estou vivo, seus idiotas!

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