Fecho
Encosto-me ao balcão para ver do que é feito:
Sólida madeira curada, sem defeito
E aguardente entornada.
-Que vai ser?- pergunta a criada.
Que haveria de ser? O custume.
Um trago depois e contando dois,
-Alguém tem lume?
Sob céu de lua vaza,
Volto para casa:
Habitáculo pequeno e
Ar rarefeito.
Lixo ameno espalhado a preceito.
O desconforto aperta-me,
Acarinha-me, Evita-me,
Cheira-me porque cheiro
Ao mesmo cheiro do lixo do meu quarto
Que me abraça
E de que estou farto!
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