Pequenas formigas que se estorvam,
E sem saber se enervam.
Não entendo.
Que têm para dar senão
Duas restias de esperança,
Uma ou outra lembrança,
Se não sabem o que mais?
Pois que se lixe os créditos!
Mande-se embora os gestos
E os olhares que já são fétidos.
Comam-se os restos,
Antes que se tornem indigestos!
Eu sou quem os abomina!
A estes novos amores.
Renove-se os gestos
A estes gestos
e retome-se os antigos.
Propague-se os sentidos
Pelos sentidos e não por segunda via.
Parem com isso, mudem essa mania.
Estão a querer viver,
Eu assim morria!
De que estão à espera,
De morrer?
Olhem o meu rosto,
atemorizado pelo vosso,
calado.
Alguma vez amado?
Mal existem e ja amam a existência do outro.
Como? Que há para amar senão uma ideia? Triste, triste.
Estes amores, horrorosos,
Tinha-os eu na minha infância.
Olhem para eles, amorosos...
Já namoram, a dez metros de distância.